Ave amigos!
Conforme havia dito, dando continuidade ao relato amazônico, conto hoje um dos causos do Cristalino.
Esta história deu o que falar...
O único registro de um uiraçu realizado nesta viagem foi feito pelo grande Bruno Boni, que gentilmente cedeu a foto original para este blog.
Estávamos na torre nova. O Olivier e eu na plataforma de 50 metros, o Bruno e o Quental na de 40.
Quando de relance vi um bicho grande voando entre as copas, bem longe. Comentei com o Olivier o que tinha visto e que pelo tamanho, pela cor e pelo hábito, poderia ser uma harpia, o uiraçu dos nossos índios.
A distância e a velocidade do ocorrido impossibilitava qualquer conclusão, seria só uma vaga história com o poder de empolgar somente a este harpiófilo. Mas aí entra o poder da máquina de eternizar momentos.
O Bruno, atento e persistente observador, flagrou quando uma grande ave pousou numa árvore a grande distância. Apesar de seus mais de 1000 mm de equipamento, o bicho estava tão longe que imaginou que fosse um urubu. Mas ele fez a coisa certa, deu aquele "disparo de segurança", e aí meus caros, a coisa mudou de figura.
De um relance, que pouco tempo depois se apagaria da memória, temos agora um documento, que apresento para a conclusão dos amigos leitores:
Compartilhei a foto com especialistas(não a foto acima, que é a original, mas a mesma foto cropada e trabalhada pelo Bruno), que foram quase unânimes em afirmar ser o uiraçu-falso, o Morphnus guianensis.
Particularmente quando o Bruno me mostrou a foto, tanto na câmera, quanto a cropada, tive quase certeza se tratar do uiraçu, mas confesso que vendo a foto acima... sei não...
Verdadeiramente? Acho agora que é o falso.
E o que os amigos acham? Verdadeiro ou falso?
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
Aves do JB Parte V
Após um mês da overdose amazônica, o espírito já estava pedindo mato e lá fui eu pro bom e velho Jardim Botânico.
Mas desta vez com um olhar um pouco diferente, pois neste domingo guiarei o Eduardo Franco e dois amigos que virão pro AvistarRio.
A ideia era ver como algumas velhas conhecidas respondiam ao playback e tentar achar plantas que pudessem atrair aves, com flores ou frutos. Até achei muitas floridas, mas sem movimento, talvez pelo avançar da hora, pois assim que cheguei dei preferência à trilha da Mata Atlântica.
E valeu a pena, a trilha estava quente!
Encontrei com o Sr. Ronaldo(aliás sempre o encontro por lá), um especialista em ninhos, que gentilmente questionou meu sumiço. Explicava-lhe o lance da Amazônia, quando me pousa um tiê-do-mato-grosso, com alimento no bico, do lado da trilha(algo raro). O Sr. Ronaldo, que é o diretor da maternidade do JB, disse-me que estavam fazendo ninho próximo à trilha.
Despedi-me dele dizendo que ia ficar por ali então pra ver se conseguia uma foto decente desta interessante e esquiva ave.
Enquanto isso resolvi ver como a choquinha-de-peito-pintado estava respondendo ao playback, já que apesar de vocalizar bastante, nem sempre está receptiva.
O resultado foi satisfatório, mesmo usando muito pouco o playback, como de costume.
Enquanto continuava ali esperando uma melhor chance com o tiê, a sempre presente choquinha-de-flanco-branco deu uma rara chance de foto.
Com um pouquinho de paciência o tiê deu as caras e consegui melhor registrar a espécie:
Resolvi então ver outro morador da área, o cuspidor-de-máscara-preta, que é outro que é meio "de lua" e nem sempre responde muito bem ao playback.
Aliás há muito tempo não usava playback com essas espécies, na verdade nunca fui de usar muito o playback e quando uso, tento o mínimo possível. O encontro casual é mais emocionante. A não ser que esteja procurando especificamente uma espécie, então o playback se torna indispensável.
Depois de verificar que os bichos da trilha estavam bem receptivos, fui dar uma volta no arboreto(que é a parte do JB onde se encontram os jardins, chafarizes etc), e encontrei a belíssima choca-listrada num bambuzal.
Esta espécie é daquelas que não adianta playback, ela até responde mas não desce e fica mais irriquieta do que de costume(pelo menos as do JB). Neste caso era um casal forrageando que deu um certo mole e consegui registros mais próximos do que eu sempre quis.
E já na saída, por volta das 11 horas, encontrei o recém-chegado tucanuçu numa árvore à beira da rua.
Mais um invasor que pelo menos empresta belas formas e cores à cidade.
Outros bichos vistos/ouvidos: tempera-viola, garrinchão-de-bico-grande, mariquita, saíra-ferrugem, coleirinho, tucano-de-bico-preto, tiriba-de-testa-vermelha, saíra-sete-cores, saracura-do-mato, gavião-de-cauda-curta eta(que é o etc de aves).
E fotografados:
Então Edu e demais amigos, o Jardim está quente, literalmente também, heim?! Então roupas leves como bermuda e camiseta são bem vindas, é bom lembrar.
E como neste final de semana acontecerá o AvistarRio, fica o convite para todos visitantes da feira: o Jardim Botânico, seja pela segurança, seja pela proximidade do evento, seja pelas belas aves, é uma ótima opção para uma descontraída passarinhada na cidade maravilhosa.
Mas desta vez com um olhar um pouco diferente, pois neste domingo guiarei o Eduardo Franco e dois amigos que virão pro AvistarRio.
A ideia era ver como algumas velhas conhecidas respondiam ao playback e tentar achar plantas que pudessem atrair aves, com flores ou frutos. Até achei muitas floridas, mas sem movimento, talvez pelo avançar da hora, pois assim que cheguei dei preferência à trilha da Mata Atlântica.
E valeu a pena, a trilha estava quente!
Encontrei com o Sr. Ronaldo(aliás sempre o encontro por lá), um especialista em ninhos, que gentilmente questionou meu sumiço. Explicava-lhe o lance da Amazônia, quando me pousa um tiê-do-mato-grosso, com alimento no bico, do lado da trilha(algo raro). O Sr. Ronaldo, que é o diretor da maternidade do JB, disse-me que estavam fazendo ninho próximo à trilha.
Despedi-me dele dizendo que ia ficar por ali então pra ver se conseguia uma foto decente desta interessante e esquiva ave.
Enquanto isso resolvi ver como a choquinha-de-peito-pintado estava respondendo ao playback, já que apesar de vocalizar bastante, nem sempre está receptiva.
O resultado foi satisfatório, mesmo usando muito pouco o playback, como de costume.
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Choquinha-de-peito-pintado respondendo ao playback Ótima notícia para os amigos |
Enquanto continuava ali esperando uma melhor chance com o tiê, a sempre presente choquinha-de-flanco-branco deu uma rara chance de foto.
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Tinha acabado de pegar um inseto, só assim a choquinha-de-flanco-branco posa pra fotos |
Com um pouquinho de paciência o tiê deu as caras e consegui melhor registrar a espécie:
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Resolvi então ver outro morador da área, o cuspidor-de-máscara-preta, que é outro que é meio "de lua" e nem sempre responde muito bem ao playback.
Aliás há muito tempo não usava playback com essas espécies, na verdade nunca fui de usar muito o playback e quando uso, tento o mínimo possível. O encontro casual é mais emocionante. A não ser que esteja procurando especificamente uma espécie, então o playback se torna indispensável.
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O cuspidor-de-máscara-preta respondeu como nunca Espero que semana que vem ele continue assim |
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Já com o eloquente pintadinho não tem tempo ruim Com um pouco de paciência ele sai da brenha |
Depois de verificar que os bichos da trilha estavam bem receptivos, fui dar uma volta no arboreto(que é a parte do JB onde se encontram os jardins, chafarizes etc), e encontrei a belíssima choca-listrada num bambuzal.
Esta espécie é daquelas que não adianta playback, ela até responde mas não desce e fica mais irriquieta do que de costume(pelo menos as do JB). Neste caso era um casal forrageando que deu um certo mole e consegui registros mais próximos do que eu sempre quis.
E já na saída, por volta das 11 horas, encontrei o recém-chegado tucanuçu numa árvore à beira da rua.
Mais um invasor que pelo menos empresta belas formas e cores à cidade.
Outros bichos vistos/ouvidos: tempera-viola, garrinchão-de-bico-grande, mariquita, saíra-ferrugem, coleirinho, tucano-de-bico-preto, tiriba-de-testa-vermelha, saíra-sete-cores, saracura-do-mato, gavião-de-cauda-curta eta(que é o etc de aves).
E fotografados:
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Beija-flor-de-fronte-violeta, sempre presente |
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Espécie exótica, originária da África, o bico-de-lacre se deu muito bem aqui |
Então Edu e demais amigos, o Jardim está quente, literalmente também, heim?! Então roupas leves como bermuda e camiseta são bem vindas, é bom lembrar.
E como neste final de semana acontecerá o AvistarRio, fica o convite para todos visitantes da feira: o Jardim Botânico, seja pela segurança, seja pela proximidade do evento, seja pelas belas aves, é uma ótima opção para uma descontraída passarinhada na cidade maravilhosa.
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