quinta-feira, 9 de abril de 2020

Ave, quarentena!

Ave, amigos!

Como estão? Espero que bem, e também bem isolados!

Questão de empatia, para os éticos; e amor ao próximo, para os cristãos.

Muitos de nós mal saberemos que fomos infectados, o grande problema é que podemos ser poderosos transmissores desse vírus que em muitos casos pode ser fatal.

Já vi muito bicho doido, tinhoso, mas igual a esse...

Para os espiritualistas, como eu, estamos vivendo uma transição planetária, transição essa que vem ocorrendo desde meados do século XIX, com as novas luzes que começaram a se derramar sobre a Humanidade.

De acordo com mensagem nos repassada pelo querido Chico Xavier, na segunda metade desse século a transição se concluirá. Viveremos então o começo de um novo mundo, uma era maravilhosa, onde nem sequer doenças existirão. Para outra corrente espiritualista, essa era chegará em meados do próximo século. Enfim, o que todos espiritualistas concordam é que estamos nos encaminhando para um mundo melhor, um mundo de regeneração. E basta ter nascido há pelo menos uns 40 anos para perceber isso.

A internet, fruto da revolução digital, iniciou uma nova era, unindo a todos, servindo ao princípio que rege o Universo, o princípio da Solidariedade Universal.

A internet une, mas também expõe as chagas da Humanidade, o que pode criar um sentimento de que o mundo anda meio "perdido". Mas acredite, nunca ouve tanta solidariedade, tanto amor na face da Terra. E o mal que se expõe muitas vezes é necessário para o autoconhecimento redentor, lembrando que somos espelhos uns dos outros. Não se cura uma ferida coberta pelos panos infectos da hipocrisia ou da ignorância.

Se o momento de reclusão dificulta que observemos as aves, aproveitemos para voltar nossos olhos para dentro, para tudo que nos deixa infelizes e para tudo que ainda existe em nós que causa infelicidade aos nossos pares. Observemo-nos e esforcemo-nos para descobrir, esses sim, nossos maiores, invisíveis inimigos, que nem a morte pode deter, somente a grande e árdua jornada da reforma íntima.


Mas o que inicialmente motivou esse post foi um presente do céu.

Ao fim do café da manhã com a família, manifestei meu grande desejo de passarinhar, no que fui prontamente atendido com a chegada de um bando incrível de psitacídeos!

Em outros dias da quarentena, um pequeno bando de maracanãs-pequenas tem me visitado. Num desses dias cheguei até a fotografá-lo, antes de sair pra trabalhar (trabalho numa área que não pode parar).

Registro realizado dia 02/04, com cerca de metade do bando


Mas hoje foi demais!!!

Além do bando costumeiro estar em maior número, alguns casais de papagaios-verdadeiros e até uma maracanã-verdadeira compunham os enviados alados para minha alegria.

Papagaios-verdadeiros e maracanãs-pequenas


Casal de papagaios-verdadeiros provavelmente com seu filhote e uma maracanã prestes a voar
O Aterro ao fundo colaborou com a foto desse papagaio-verdadeiro em voo

Maracanã-verdadeira, espécie quase ameaçada de extinção

Em 2014 fiz meu primeiro registro dessa ararinha aqui no Rio, um casal que passou voando sobre o Aterro. Depois de quase 6 anos a reencontro, da mesma varanda, em situação totalmente diferente, mas proporcionando a mesma alegria que só os agraciados pelas aves podem desfrutar.

Parte do bando, nota-se a maracanã-verdadeira ao centro e um casal de papagaios no canto direito

Com esse último registro, pude contar 20 maracanãs-pequenas nesse bando, um recorde doméstico. Antes dessa revoada, outros papagaios-verdadeiros já haviam se debandado, um dos quais me proporcionou a foto em voo mais acima.

Bem amigos, nos despedimos como elas, mantendo o sentimento de união, lembrando que só alcançamos nosso atual grau evolutivo graças à fraternidade distintiva dos seres que vivem em comunidade. E, mais uma vez, precisamos nos manter unidos em torno do bem comum, mantendo essa providencial quarentena.

6 comentários:

  1. Olá! Gostei muito do seu texto. Apesar de não ser espirita, gostei da maneira que escreveu a mensagem e da mensagwm em si também. Vamos nos manter unidos! Um abraço

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    1. Caro Silvio, as religiões não nos distinguem, elas são meios, não fins em si mesmas, somos todos irmãos. Servem para nos religar ao divino que já habita em todos nós, e sua diversidade vincula-se às diferentes culturas, tanto dos povos, como dos indivíduos.
      Saúde e paz!

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    2. Concordo plenamente com você. Que bela visão! Eu acredito que fazendo o bem, receberemos o bem. Saúde e paz pra vc e sua família tb. Vou acompanhar mais de perto seu blog!

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    3. Obrigado Silvio!
      Vc está certo, a semeadura é livre, mas a colheira é obrigatória.

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  2. Que privilégio hein. Excelente texto e relato!!!

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