terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Chapada Diamantina, tesouro incalculável

A história da Chapada Diamantina começa no início do século XIX, com a descoberta de diamantes na região. Dizem que até hoje seu subsolo guarda imensa quantidade da pedra.
Sorte nossa tal descoberta ocorrer num período relativamente recente da história da humanidade, quando já conseguimos mensurar a importância de manter um local tão magnífico preservado.
Além da urgente questão dos recursos hídricos, do meio ambiente em geral, o homem moderno, assoberbado nas grandes cidades, busca a paz contemplativa única da Natureza, valorizando, como nunca, a beleza e a magnitude de um monumento natural como a Chapada.

Maravilhas a cada curva/ Foto: Clara Botto

Um retorno às nossas origens


Poço Azul/foto: Sica, a quem muito agradeço por essa e várias outras ótimas lembranças de nossa viagem


Proteção e usufruto de áreas com grande valor biológico, cultural e paisagístico, tais são os motivos da criação dos parques nacionais em todo mundo.

Sob a guarda do Parque Nacional da Chapada Diamantina, nós, brasileiros, garantiremos que aquela imensa riqueza seja usufruída por todos e por inúmeras gerações.

Dado o recado, aos fatos.

Essa viagem começou com um encontro fortuito com grandes amigos, Geiser Trivelato e Luiz Ribenboim. Perguntei ao Geiser onde era "a boa" em fevereiro, para aproveitar umas férias. Respondeu sem titubear, Chapada Diamantina! E o Luiz e suas extraordinárias fotos de aves em voo, foram uma grande inspiração.

E mais uma vez o grande Geiser mandou muito bem! Essa época há uma imensa floração que atrai espécies raras e magníficas como beija-flor-marrom, gravatinha-vermelha, beija-flor-vermelho, estrelinha-ametista entre outros tantos.

Fevereiro geralmente é um mês ruim para fotografar aves - calor, descanso reprodutivo - mas a floração de espécies muito atrativas para os beija-flores torna esse mês especial para a Chapada Diamantina.

Com os grandes amigos e parceiros, Tavinho Moura e Sica, mais nossa Fofolete, a Cacá, que sonhava conhecer a magnífica chapada, lá fomos nós!

Essa foi a primeira expedição oficial da Clarinha conosco e ela mostrou que é da turma, realizando belas fotografias.

Foto: Clara Botto

Making of


Igatu, por Clara Botto

Tavinho Moura e eu, por Clara Botto

A beleza da Chapada se revela tanto na grandiosidade quanto nos detalhes Foto/Clara Botto

A cultura local também é fabulosa, cemitério bizantino do século XIX. Foto: Clara Botto

Sertão da Bahia, por Clara Botto


Todos sob a batuta do excelente guia local Thalison Ribeiro, gente finíssima e muito competente, que conhece tudo na região! Aprendi muito com ele! Muito obrigado, grande Thalison!

Thalison, Tavinho, Sica, eu e Clarinha, no Parque Nacional da Chapada Diamantina/BA


Às maiores joias da Chapada Diamantina!

Um dos mais abundantes e espetaculares na Chapada, o incrível beija-flor-vermelho possui voo ligeiro e imprevisível.
A grande quantidade de flores pode ajudar na atração, mas quanto à foto em voo... a chance de você focar em uma flor e acertar o beijo é praticamente nula.
Despedi-me daquele lugar sensacional achando que não tinha conseguido nenhuma foto decente do beija-flor-vermelho em voo.
Com surpresa e contentamento, depois de passado os perrengues(meu voo de volta atrasou mais de 6 horas!), vendo as fotos em casa, senti-me um verdadeiro garimpeiro da Chapada, encontrando um brilhante aqui, outro acolá, peneirando cascalho bruto das fotos desfocadas.

E depois de lapidados, eis os magníficos beija-flores-vermelhos da Chapada Diamantina:



Beija-flor-vermelho (Chrysolampis mosquitus) na minúscula flor do gervão, sua favorita











Sua iridescência é voluntária, independe da luz solar


Certamente um dos mais fotogênicos beija-flores brasileiros

Comecei com o vermelho porque na minha opinião foi o bicho que deu o maior show, mas continuaremos com mais histórias e bichos bacanas da Chapada Diamantina num próximo post.

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