Sorte nossa tal descoberta ocorrer num período relativamente recente da história da humanidade, quando já conseguimos mensurar a importância de manter um local tão magnífico preservado.
Além da urgente questão dos recursos hídricos, do meio ambiente em geral, o homem moderno, assoberbado nas grandes cidades, busca a paz contemplativa única da Natureza, valorizando, como nunca, a beleza e a magnitude de um monumento natural como a Chapada.
Maravilhas a cada curva/ Foto: Clara Botto |
Um retorno às nossas origens |
Poço Azul/foto: Sica, a quem muito agradeço por essa e várias outras ótimas lembranças de nossa viagem |
Proteção e usufruto de áreas com grande valor biológico, cultural e paisagístico, tais são os motivos da criação dos parques nacionais em todo mundo.
Sob a guarda do Parque Nacional da Chapada Diamantina, nós, brasileiros, garantiremos que aquela imensa riqueza seja usufruída por todos e por inúmeras gerações.
Dado o recado, aos fatos.
Essa viagem começou com um encontro fortuito com grandes amigos, Geiser Trivelato e Luiz Ribenboim. Perguntei ao Geiser onde era "a boa" em fevereiro, para aproveitar umas férias. Respondeu sem titubear, Chapada Diamantina! E o Luiz e suas extraordinárias fotos de aves em voo, foram uma grande inspiração.
E mais uma vez o grande Geiser mandou muito bem! Essa época há uma imensa floração que atrai espécies raras e magníficas como beija-flor-marrom, gravatinha-vermelha, beija-flor-vermelho, estrelinha-ametista entre outros tantos.
Fevereiro geralmente é um mês ruim para fotografar aves - calor, descanso reprodutivo - mas a floração de espécies muito atrativas para os beija-flores torna esse mês especial para a Chapada Diamantina.
Com os grandes amigos e parceiros, Tavinho Moura e Sica, mais nossa Fofolete, a Cacá, que sonhava conhecer a magnífica chapada, lá fomos nós!
Essa foi a primeira expedição oficial da Clarinha conosco e ela mostrou que é da turma, realizando belas fotografias.
Foto: Clara Botto |
Making of |
Igatu, por Clara Botto |
Tavinho Moura e eu, por Clara Botto |
A beleza da Chapada se revela tanto na grandiosidade quanto nos detalhes Foto/Clara Botto |
A cultura local também é fabulosa, cemitério bizantino do século XIX. Foto: Clara Botto |
Sertão da Bahia, por Clara Botto |
Todos sob a batuta do excelente guia local Thalison Ribeiro, gente finíssima e muito competente, que conhece tudo na região! Aprendi muito com ele! Muito obrigado, grande Thalison!
Thalison, Tavinho, Sica, eu e Clarinha, no Parque Nacional da Chapada Diamantina/BA |
Às maiores joias da Chapada Diamantina!
Um dos mais abundantes e espetaculares na Chapada, o incrível beija-flor-vermelho possui voo ligeiro e imprevisível.
A grande quantidade de flores pode ajudar na atração, mas quanto à foto em voo... a chance de você focar em uma flor e acertar o beijo é praticamente nula.
Despedi-me daquele lugar sensacional achando que não tinha conseguido nenhuma foto decente do beija-flor-vermelho em voo.
Com surpresa e contentamento, depois de passado os perrengues(meu voo de volta atrasou mais de 6 horas!), vendo as fotos em casa, senti-me um verdadeiro garimpeiro da Chapada, encontrando um brilhante aqui, outro acolá, peneirando cascalho bruto das fotos desfocadas.
E depois de lapidados, eis os magníficos beija-flores-vermelhos da Chapada Diamantina:
Beija-flor-vermelho (Chrysolampis mosquitus) na minúscula flor do gervão, sua favorita |
Sua iridescência é voluntária, independe da luz solar |
Certamente um dos mais fotogênicos beija-flores brasileiros |
Comecei com o vermelho porque na minha opinião foi o bicho que deu o maior show, mas continuaremos com mais histórias e bichos bacanas da Chapada Diamantina num próximo post.
Lindas fotos de um lugar fantástico.
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